Deus, salva-me com a Tua graça! Tu és o abrigo da minha alma; eu me escondo debaixo das Tuas asas até passar este grande perigo. Salmo 57:1, BV.
Numa escaldante manhã de julho, ao meio-dia, eu descia a rua de carro e as vi a alguns quarteirões da minha casa. Uma menina de uns 8 ou 10 anos estava sentada junto ao meio-fio. Diante dela estava uma garotinha, provavelmente a irmã menor, que devia ter uns 4 anos. A menina mais velha cobria a cabeça da irmã com a saia, abrigando-a amorosamente do Sol, de modo que só o rosto dela aparecia.
Pareciam estar esperando que alguém as buscasse para almoçar ou talvez ir ao parque, para um piquenique. A irmãzinha parecia descontraída e confiante à sombra de sua irmã maior. Obviamente, encontrara refúgio no gesto carinhoso e confortável da irmã.
Quando calamidades, doenças ou tormentas nos assaltam, também pode ser que tenhamos uma prestativa irmã mais velha. Mas, se não somos abençoadas com uma irmã maior, todas temos um irmão mais velho, Jesus, que anela cobrir e proteger-nos em cada situação desafiadora.
Um dos hinos prediletos de minha mãe era “Sob Suas Asas”, escrito por W. O. Cushing, nos anos 1800. Duas estrofes declaram: “Sob Suas asas estou descansando,ainda que noite, confiante eu estou; sob Suas asas vou sempre abrigado, fui redimido e Seu filho já sou. Sob Suas asas refúgio eu encontro, meu coração poderá descansar. E se este mundo não presta socorro, sob Suas asas a paz hei de achar” (Hinário Adventista, nº 357).
Na realidade, podemos sempre achar abrigo e coragem para enfrentar o amanhã, porque Jesus nos protege assim como a irmã maior cobriu a irmãzinha com sua saia e sombra naquele dia quente de julho.
Do punho de minha escritora preferida, tenho muitas vezes partilhado a seguinte promessa com amigas que precisam de ânimo: “Cristo não só conhece cada pessoa, suas necessidades e provações particulares, mas também sabe todas as circunstâncias que atritam e desconcertam o coração. Sua mão se estende em piedosa ternura a todo filho em sofrimento” (A Ciência do Bom Viver, p. 249).
Que promessa para cada uma de nós!
Nathalie Ladner-Bischoff
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